A casca das palavras é frágil e ressecada. Eu te amo, diz o texto.
Talvez entre o ‘eu te amo’ e o amor propriamente dito haja um espaço
intransponível. Talvez o tempo que passa. Mas não apenas. Talvez um
inevitável desencontro. Essa incoerência. Leio o texto como se fosse
parte de um romance. Talvez seja isso, e quando o amor acaba resta
apenas a ficção.
–
Carola Saavedra
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